domingo, 31 de maio de 2009

de volta pra casa

Por um segundo senti aversão do que realmente sou, é nojento, ridículo, insuportável até mesmo para pessoas como eu. Pessoas que fingem não se importar com o que sentem antes de dormir.
É triste pensar que voltarei a ser exatamente o que era, o que na verdade sempre fui e durante o último ano tentei a todo custo negar para quem sabe, ser alguém mais digno de respeito e exemplo de coragem. Nunca é fácil mudar e todos sabem disso pois estamos acostumados a ser aquilo, a TER aquilo e qualquer um diria sinceramente que o medo de perder todas essas coisas é difícil.
Agradeço às pessoas que conheci, a todas as experiências que tive durante esse ano que foi realmente difícil mas mudar o que se é de verdade não é possível e eu que sempre disse isso fui quem mais tentou negar, fatos são sempre fatos e eu sou isso.
Volto a me aceitar como sou mesmo sabendo que isso implicará em uma grande perda pois amor não se encontra em qualquer lugar, só que justamente por isso deixo tudo o que vivi e volto a ser o que sempre fui realmente porque essa é a única forma que encontrei de colocar tudo nos eixos novamente.
Quem é vil e manipulador nunca será um bom exemplo mas as pessoas não escolhem o que são simplesmente o são, então tudo o que posso dizer é que me recompus e voltei aos eixos.
Chame por jesus, implore para não me encontrar novamente na rua, eu estou de volta e a mesma vadia vazia e manipuladora... vocês sentiram minha falta?

sábado, 30 de maio de 2009

Seguindo em frente...

Melhor do que vencer uma briga é saber quando desistir e confesso, o meu momento já passou faz tempo então resolvi vir aqui e confirmar para mim mesma esse momento que confesso não ser um dos mais fáceis da minha vida.

Nesse momento sinto que perdi a coisa mais importante que já tive, o meu castelo acaba de desabar e mesmo que seja reconstruído não será mais o mesmo porque eu me conheço e sei que não me esqueço de falhas tão grandes assim; é aquela coisa, uma vez magoada posso superar mas não serei mais a mesma de forma alguma e por mais que eu tente não haverá como trazer de volta tudo o que destruíram.
Pode parecer exagero mas quem me conhece sabe que não sou de dois pesos e duas medidas, logo não interessa se fui magoada por um recém-conhecido ou pelo meu pai, uma vez magoada eu não serei a mesma (na melhor das hipóteses). Agora eu posso dizer com todas as letras, não serei, acabou.
A última coisa que eu gostaria é que fosse dessa forma mas o problema não foi ser atingida e sim quem me atingiu, todos tem um calcanhar de Aquiles não é mesmo?

quarta-feira, 6 de maio de 2009

(1)

Primeiro eu me sento e fico pensando que realmente poderia ter evitado tudo isso se não fosse tão infantil, se não tivesse sido tão infeliz naquela escolha tudo poderia ser diferente. Uma respiração muda tudo sabia? Saber que a outra pessoa ainda está ali, viva, muda tudo completamente.
Pode não parecer mas as vezes quem menos nos importamos pode ser quem mais faz a diferença e como seria a sua vida se aquela pessoa não estivesse ali em todos os momentos a partir de agora? Como seria olhar para trás e saber que um dia você teve tudo aquilo que sempre procurou ali e agora não tem mais, aquele suspiro já não existe mais. E falo de realmente não existir, é mais do que uma hipótese já faz parte da realidade; é o seu presente inevitável.
Tem dias que isso realmente incomoda mas o que podemos fazer se simplesmente é assim que as coisas são, se esse foi o curso que a vida tomou por escolhas que nós mesmos fizemos e uma vez feita essa linha jamais poderá ser apagada. Aconteceu e acontecerá todos os dias da sua vida, todos os momentos você se lembrará que a culpa é sua e de mais ninguém que você e só você poderia ter mudado tudo o que acontece hoje mas não há como voltar e se arrepender para consertar onde pecamos por excesso.
Só que o maior problema é que por mais que nosso desejo seja parar o mundo continua a girar, as coisas continuam acontecendo e ninguém quer arricar novamente a pecar por omissão pois o sentimento de culpa é aquela coisa que não passa nunca e todos ao seu redor esquecerão mas você sempre se lembrará da noite em que você escolheu parar e sempre, SEMPRE se martirizará por isso. Ser fraco, ser omisso, se esconder atrás de um sorriso que agora parece desenhado na sua cara e está mesmo, você o desenhou depois de todas essas coisas e não pode mais fazer nada para apagá-lo.

É assim que as coisas são, uma vez cometido um erro nunca pode ser apagado e não importa se todos o perdoarão, você nao se perdoará e sempre se sentirá a pior pessoa do mundo um minuto ou um século depois.
O tipo de coisa que te mantêm acordado noites a fio, ter anulado alguém não é necessariamente simples só que também não é complicado e há muitas formas de fazer isso, uma delas aconteceu.. Acontece.

mais dias.

Há tempos não passo por aqui, até porque não tenho muito a dizer só que (pra variar) tenho pensado demais.
Penso nas minhas amizades vazias, na aliança do dedo que mais parece um anel, nas pessoas que cada dia parecem ser cada vez mais desnecessárias, nas coisas que desejo fazer e minha moral impede; por algum motivo acho tudo difícil e cansativo ou fácil e desinteressante.
Antes eu era tão perseverante... o que houve? Será que cansei de "dar a cara a tapa" depois de levar tantos na cara? Talvez...
O caminho que tomo parece ser o da auto destruição pois quando olho para o espelho só consigo ver eu, devoradora de pecados, constantemente insatisfeita com tudo o que tenho e sem a mínima vontade de conseguir algo que realmente faça a diferença.
Se o futuro começa agora sinto dizer que não tenho nada para viver simplesmente por falta de querer.

Devo me achar muito esperta por encontrar tanta babaquice ao meu redor, mas a verdade é que não passo de mais uma idiota nessa longa estrada para a perdição. Perdição para o corpo, mente e alma então me diga aonde está minha vontade de perseguir sonhos porque dentro de mim já não sei mais o que é o que.
Certamente sou vil e sem caráter para conseguir escrever tudo isso depois de todas as coisas que passei e que fiz muitas pessoas passarem, com toda a certeza não fui e ao menos serei alguém bom o suficiente para poder conviver com os demais por falta de vontade. Por não querer ser mais uma eu só consigo ser uma qualquer e veja bem, não há muita diferença entre os dois.
Isso me dói.
É difícil saber que não se é especial para a maioria das pessoas com quem convivemos, sabe como é... se está ali, bem, se não está, amém. Acho que é por isso que não faço mais tanta questão de conviver com as mesmas... o que não significa que não gostaria que fosse diferente ou que eu vá mudar.

É, eu sei, nao vou.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Isso

Definitivamente estou cansada disso.
Vai ver é essa coisa de todos os dias parecerem o primeiro dia do mês, de não sair de casa pra respirar direito, de sempre ter que levantar pra fazer as mesmas coisas sem propósito nenhum, coisas essas que não tenho a mínima vontade e faço só pra ver se a hora passa mais rápido, se as horas seguem em frente e não atrás.
Tudo me cansa, irrita, satura, me faz perder a paciência. Os minutos parecem horas e as horas, dias que não querem passar depressa e me fazem cair em desespero.
Enlouquecendo, eu estou enlouquecendo presa nas paredes desse lugar, sozinha (sempre sozinha) porque na verdade e sem fazer cenas melodramáticas ao extremo; ninguém se importa com ninguém. O "tudo bem?" não é "tudo bem?" de verdade, está todo mundo se lixando se você está bem ou não... todo mundo quer saber o que você tem a oferecer e como no meu caso é nada, eu fico aqui sozinha esperando os dias passarem.
Até quando? Não faço idéia, tenho que lhe falar que não faço idéia de nada há muito tempo, só sei que eu queria dividir minha vida com mais pessoas ou então, preferia deitar e nem precisa levantar porque vai ser sempre o primeiro dia do mês.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Para parar de pensar (ou pensar mais?)

É tão ruim perceber que algumas coisas acontceram e eu pude evitar...
Comecei a viver muito cedo; apartamento grande pra uma garota de classe baixa com apenas 13 anos é o suficiente para fazer todas as escolhas erradas. Beber demais, fumar demais, me matar demais, tudo demais; tudo o que não presta, demais.
Então um dia acordei, muitos anos depois e percebi que sou vazia. Vivi demais e não fiz nada que realmente tivesse valor, nunca tive algo que realmente quisesse, nunca desejei tanto algo.. na verdade, acho que nunca desejei nada, não de verdade.
Saí de casa, precisava pensar e o silencio do abandono não me permitia fazer isso dentro de casa. Andei, corri, precisava ir pra algum lugar longe o suficiente para respirar, ter ar. Sentei na calçada acendi um cigarro que não queria fumar, fiquei pensandono que me tornei e não consegui saber como me tornei isso, em que parte da minha existência eu me tornei tão oca, desprezivelmente sem nada e não encontrei resposta alguma.
Senti-me frustrada por perder o controle da situação, olhei pra cima e agora sim tive vontade de fumar.
Outro cigarro, uma longa tragada.. soltando a fumaça que dentro de mim parecia pesar uma tonelada. Uma lágrima tímida escorreu de meus olhos, mas eu nao estava triste ou algo do gênero, me sentia frustrada por ser vazia e ridícula por estar sentada na calçada as 15h, debaixo do sol com um cigarro aceso e pensando nisso.
- Será que mais ninguém no mundo pensa nisso? - disse em voz alta na esperança de alguma resposta. Em vão.
Os carros continuaram passando, as pessoas andando pra lá e pra cá esbarrando umas nas outras pedindo desculpas por educação e (como eu mesma esperava) resposta nenhuma. Então comecei a pensar em porque eu simplesmente nao consigo viver com isso, todos conseguem e levam suas medíocres vidas em frente.. não importa o que as assombre realmente, elas conseguem seguir em frente sem se importar. Quem me dera não pensar, seria mais feliz se fosse como tantas outras pessoas que não se aprofundam tanto em pensamentos como eu costumo fazer. Até que ponto a consciência é um dom? Também não sei, mas sei que eu não devia ter começado a maioria dos pensamentos ficam melhores quando estão guardados.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

03:37

Sou o ser. O indivíduo em busca de sua auto-afirmação. O eu. Luto para crescer e mesmo sendo frágil ou sentindo medo, continuo em frente. Sei que tenho energia e me canso rapidamente das coisas e das pessoas desanimadoras, coisas fáceis demais.. por algum motivo elas me enjoam, não as culpo pois da mesma forma que eu sou assim, cada um é o que é e não se pode mudar isso.
Realmente, não é fácil e eu nunca pensei que seria (ou pensei?) mas o fato é que gosto disso.
Lágrimas de tristeza, ódio, rancor, mágoa são sentimentos e estados que encaro como naturais e necessários, sabe como é: não se pode construir nada sem antes sentir algo por isso e o algo que eu digo é mais do que sentimentos nobres, sentimentos que todos gostam e julgam saudáveis, aqueles que sempre queremos sentir como por exemplo amor, paixão, alegria, realização; mas como chegar até eles sem antes passar por algo difícil?
Tenho que reconhecer que por vezes penso que as coisas não darão certo e eu não me sentirei realizada com o que faço, mas sei que não posso me deixar abater. O que eu queria mesmo? Com o que sonhava tanto? Já não me lembro mais.
Questões difíceis não acha? Imagino que todos passamos por isso, pensar em realizar algo mas será que isso é o que realmente queremos? Que culpa temos se nem sempre somos bons naquilo que gostaríamos de fazer?
Gosto de escrever, me sinto bem, realizada. Por vezes escrevo mais por obrigação, sinto que preciso registrar as coisas que passam pela minha cabeça ou o que as pessoas me mostram (seja com palavras ou com um gesto simples), enfim, me sinto bem escrevendo mas será que sou realmente boa nisso? Acho que não.
Autorrealização. Auto-realização. Auto realização.
Difícil entender como anda de mãos dadas com seu oposto. Fracasso. Dói dizer isso mas muitas vezes é necessário fracassar para se levantar melhor e talvez, dessa vez, encontra-la.

O eu, o sentimento de estar com os pés em terra firme. Difícil explicar.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

O.F.D.C.B

Sartre da São João, hálito de bebida barata
E meio Vila Rica amassado no bolso
Devorador de memórias de prostitutas e arruinados
O doce prazer dos últimos trocados

Hoje escreverei o livro de toda minha vida
E trocarei os manuscritos por beijos e carinhos pagos
Foi tudo um engano, um enorme engano do acaso
E acabei aqui, vencedor mas derrotado
De troféu entre os braços
Sem ninguém pra me chamar de herói
Velando meus coelhos brancos

As pessoas não ficam, sempre passam
Evitam contato com o homem e seus desencantos
E eu assisto tudo como um filme de quinta categoria
Sem saber porque faço ou falo coisas
Em um cinema sujo e triste as mulheres me cospem
O coração desiste e deixo o orgulho para as moscas

Um brinde então a esse odor de quarto úmido
À televisão que não sintoniza
Um brinde ao Domingo, ao tédio
A esse colchão imundo onde casais feios treparam por dias
Eu sou herói de ninguém e quero um quarto sem espelhos
Um corpo sem nome pra abraçar com os joelhos
Porque hoje sou o que sou
O leão covarde da boca do lixo
Na estrada de tijolos mais suja e cheia de bichos

Decorei poesias
Li Kierkegaard e Nietzsche até o raiar do dia
E só conheci mesmo na vida
Os demônios sujos que não conhecia
Verdade Fernando
Jamais conheci mesmo quem levasse porrada
E todos que conheci me chutaram mesmo caído à calçada
Holden, estou aqui de esperanças enterradas
Atravesso, atravesso a estrada e nunca acontece nada.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Eu, compulsivamente.

Esse é o nome do meu blog, isso porque não sei fazer as coisas que gosto de maneira comum sou compulsiva com tudo o que me agrada.
Tenho compulsão por pessoas, quando realmente gosto de alguém procuro descobrir tudo sobre ela, tudo o que faz, o que não faz, o que faria, aonde iria, aonde poderia estar, pra quem ligaria caso.., o quanto importa sua família, o que quanto valem os amigos. Suas dores, suas perdas, tudo.
Sou compulsiva por canecas. Não posso vê-las e ter dinheiro que com certeza comprarei; tenho coloridas, com desenhos, umas 5 ou 6 brancas, com detalhes, de time, de banda, com frases.. enfim, canecas pra tomar café (que me faz dormir como um anjo).
A lista de compulsões é realmente enorme, sou uma garota compulsiva e não sei bem de onde isso vem. Por vezes acho engraçado, interessante mas na maior parte do tempo deixo isso guardado comigo, é desnecessário que as pessoas conheçam esse lado meu e por algum motivo não me sinto a vontade em falar tudo o que realmente penso ser (e talvez seja..). Mas a minha maior (e pior) compulsão é pensar; penso demais em tudo, mas tudo mesmo. Nas perguntas, nas frases, na vida, nas pessoas, nos lugares, nas paisagens, nos livros, nas músicas, nas atitudes alheias. Tudo me faz pensar e muito.. por trás de tudo sempre há algo, é isso que eu penso portanto estou sempre atrás das coisas que estão nas entrelinhas mesmo que não haja nada e seja só aquilo, eu pensarei em inúmeras possibilidades antes de chegar a conclusão de que é simplesmente aquilo.
Essa minha ânsia por descobrir o que há por trás de tudo me deixa confusa e as vezes acontece de misturar o que penso ser com o que realmente é e nessas horas, meu amigo, eu me fodo porque não sou de voltar atrás. Pois é, sou teimosa o suficiente para perder afirmando que o azul é verde mesmo sabendo que é azul.
Mas quem disse que o azul é azul?
Ah, essa é outra história.. deixa pra outro dia.


terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Apresentação.

Acabei me rendendo a toda essa coisa de "meu blog, meu muro das lamentações" e venho aqui para me lamentar. Não pretendo mostrar o link para as pessoas, a maioria não me conhece o suficiente a ponto de merecer saber o que se passa comigo. Além do mais, falar sempre a mesma coisa além de repetitivo (obviamente) é cansativo.

Então seguirei postando sobre mim e apenas isso.