É tão ruim perceber que algumas coisas acontceram e eu pude evitar...
Comecei a viver muito cedo; apartamento grande pra uma garota de classe baixa com apenas 13 anos é o suficiente para fazer todas as escolhas erradas. Beber demais, fumar demais, me matar demais, tudo demais; tudo o que não presta, demais.
Então um dia acordei, muitos anos depois e percebi que sou vazia. Vivi demais e não fiz nada que realmente tivesse valor, nunca tive algo que realmente quisesse, nunca desejei tanto algo.. na verdade, acho que nunca desejei nada, não de verdade.
Saí de casa, precisava pensar e o silencio do abandono não me permitia fazer isso dentro de casa. Andei, corri, precisava ir pra algum lugar longe o suficiente para respirar, ter ar. Sentei na calçada acendi um cigarro que não queria fumar, fiquei pensandono que me tornei e não consegui saber como me tornei isso, em que parte da minha existência eu me tornei tão oca, desprezivelmente sem nada e não encontrei resposta alguma.
Senti-me frustrada por perder o controle da situação, olhei pra cima e agora sim tive vontade de fumar.
Outro cigarro, uma longa tragada.. soltando a fumaça que dentro de mim parecia pesar uma tonelada. Uma lágrima tímida escorreu de meus olhos, mas eu nao estava triste ou algo do gênero, me sentia frustrada por ser vazia e ridícula por estar sentada na calçada as 15h, debaixo do sol com um cigarro aceso e pensando nisso.
- Será que mais ninguém no mundo pensa nisso? - disse em voz alta na esperança de alguma resposta. Em vão.
Os carros continuaram passando, as pessoas andando pra lá e pra cá esbarrando umas nas outras pedindo desculpas por educação e (como eu mesma esperava) resposta nenhuma. Então comecei a pensar em porque eu simplesmente nao consigo viver com isso, todos conseguem e levam suas medíocres vidas em frente.. não importa o que as assombre realmente, elas conseguem seguir em frente sem se importar. Quem me dera não pensar, seria mais feliz se fosse como tantas outras pessoas que não se aprofundam tanto em pensamentos como eu costumo fazer. Até que ponto a consciência é um dom? Também não sei, mas sei que eu não devia ter começado a maioria dos pensamentos ficam melhores quando estão guardados.
quarta-feira, 4 de março de 2009
terça-feira, 24 de fevereiro de 2009
03:37
Sou o ser. O indivíduo em busca de sua auto-afirmação. O eu. Luto para crescer e mesmo sendo frágil ou sentindo medo, continuo em frente. Sei que tenho energia e me canso rapidamente das coisas e das pessoas desanimadoras, coisas fáceis demais.. por algum motivo elas me enjoam, não as culpo pois da mesma forma que eu sou assim, cada um é o que é e não se pode mudar isso.
Realmente, não é fácil e eu nunca pensei que seria (ou pensei?) mas o fato é que gosto disso.
Lágrimas de tristeza, ódio, rancor, mágoa são sentimentos e estados que encaro como naturais e necessários, sabe como é: não se pode construir nada sem antes sentir algo por isso e o algo que eu digo é mais do que sentimentos nobres, sentimentos que todos gostam e julgam saudáveis, aqueles que sempre queremos sentir como por exemplo amor, paixão, alegria, realização; mas como chegar até eles sem antes passar por algo difícil?
Tenho que reconhecer que por vezes penso que as coisas não darão certo e eu não me sentirei realizada com o que faço, mas sei que não posso me deixar abater. O que eu queria mesmo? Com o que sonhava tanto? Já não me lembro mais.
Questões difíceis não acha? Imagino que todos passamos por isso, pensar em realizar algo mas será que isso é o que realmente queremos? Que culpa temos se nem sempre somos bons naquilo que gostaríamos de fazer?
Gosto de escrever, me sinto bem, realizada. Por vezes escrevo mais por obrigação, sinto que preciso registrar as coisas que passam pela minha cabeça ou o que as pessoas me mostram (seja com palavras ou com um gesto simples), enfim, me sinto bem escrevendo mas será que sou realmente boa nisso? Acho que não.
Autorrealização. Auto-realização. Auto realização.
Difícil entender como anda de mãos dadas com seu oposto. Fracasso. Dói dizer isso mas muitas vezes é necessário fracassar para se levantar melhor e talvez, dessa vez, encontra-la.
O eu, o sentimento de estar com os pés em terra firme. Difícil explicar.
Realmente, não é fácil e eu nunca pensei que seria (ou pensei?) mas o fato é que gosto disso.
Lágrimas de tristeza, ódio, rancor, mágoa são sentimentos e estados que encaro como naturais e necessários, sabe como é: não se pode construir nada sem antes sentir algo por isso e o algo que eu digo é mais do que sentimentos nobres, sentimentos que todos gostam e julgam saudáveis, aqueles que sempre queremos sentir como por exemplo amor, paixão, alegria, realização; mas como chegar até eles sem antes passar por algo difícil?
Tenho que reconhecer que por vezes penso que as coisas não darão certo e eu não me sentirei realizada com o que faço, mas sei que não posso me deixar abater. O que eu queria mesmo? Com o que sonhava tanto? Já não me lembro mais.
Questões difíceis não acha? Imagino que todos passamos por isso, pensar em realizar algo mas será que isso é o que realmente queremos? Que culpa temos se nem sempre somos bons naquilo que gostaríamos de fazer?
Gosto de escrever, me sinto bem, realizada. Por vezes escrevo mais por obrigação, sinto que preciso registrar as coisas que passam pela minha cabeça ou o que as pessoas me mostram (seja com palavras ou com um gesto simples), enfim, me sinto bem escrevendo mas será que sou realmente boa nisso? Acho que não.
Autorrealização. Auto-realização. Auto realização.
Difícil entender como anda de mãos dadas com seu oposto. Fracasso. Dói dizer isso mas muitas vezes é necessário fracassar para se levantar melhor e talvez, dessa vez, encontra-la.
O eu, o sentimento de estar com os pés em terra firme. Difícil explicar.
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
O.F.D.C.B
Sartre da São João, hálito de bebida barata
E meio Vila Rica amassado no bolso
Devorador de memórias de prostitutas e arruinados
O doce prazer dos últimos trocados
Hoje escreverei o livro de toda minha vida
E trocarei os manuscritos por beijos e carinhos pagos
Foi tudo um engano, um enorme engano do acaso
E acabei aqui, vencedor mas derrotado
De troféu entre os braços
Sem ninguém pra me chamar de herói
Velando meus coelhos brancos
As pessoas não ficam, sempre passam
Evitam contato com o homem e seus desencantos
E eu assisto tudo como um filme de quinta categoria
Sem saber porque faço ou falo coisas
Em um cinema sujo e triste as mulheres me cospem
O coração desiste e deixo o orgulho para as moscas
Um brinde então a esse odor de quarto úmido
À televisão que não sintoniza
Um brinde ao Domingo, ao tédio
A esse colchão imundo onde casais feios treparam por dias
Eu sou herói de ninguém e quero um quarto sem espelhos
Um corpo sem nome pra abraçar com os joelhos
Porque hoje sou o que sou
O leão covarde da boca do lixo
Na estrada de tijolos mais suja e cheia de bichos
Decorei poesias
Li Kierkegaard e Nietzsche até o raiar do dia
E só conheci mesmo na vida
Os demônios sujos que não conhecia
Verdade Fernando
Jamais conheci mesmo quem levasse porrada
E todos que conheci me chutaram mesmo caído à calçada
Holden, estou aqui de esperanças enterradas
Atravesso, atravesso a estrada e nunca acontece nada.
E meio Vila Rica amassado no bolso
Devorador de memórias de prostitutas e arruinados
O doce prazer dos últimos trocados
Hoje escreverei o livro de toda minha vida
E trocarei os manuscritos por beijos e carinhos pagos
Foi tudo um engano, um enorme engano do acaso
E acabei aqui, vencedor mas derrotado
De troféu entre os braços
Sem ninguém pra me chamar de herói
Velando meus coelhos brancos
As pessoas não ficam, sempre passam
Evitam contato com o homem e seus desencantos
E eu assisto tudo como um filme de quinta categoria
Sem saber porque faço ou falo coisas
Em um cinema sujo e triste as mulheres me cospem
O coração desiste e deixo o orgulho para as moscas
Um brinde então a esse odor de quarto úmido
À televisão que não sintoniza
Um brinde ao Domingo, ao tédio
A esse colchão imundo onde casais feios treparam por dias
Eu sou herói de ninguém e quero um quarto sem espelhos
Um corpo sem nome pra abraçar com os joelhos
Porque hoje sou o que sou
O leão covarde da boca do lixo
Na estrada de tijolos mais suja e cheia de bichos
Decorei poesias
Li Kierkegaard e Nietzsche até o raiar do dia
E só conheci mesmo na vida
Os demônios sujos que não conhecia
Verdade Fernando
Jamais conheci mesmo quem levasse porrada
E todos que conheci me chutaram mesmo caído à calçada
Holden, estou aqui de esperanças enterradas
Atravesso, atravesso a estrada e nunca acontece nada.
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
Eu, compulsivamente.
Esse é o nome do meu blog, isso porque não sei fazer as coisas que gosto de maneira comum sou compulsiva com tudo o que me agrada.
Tenho compulsão por pessoas, quando realmente gosto de alguém procuro descobrir tudo sobre ela, tudo o que faz, o que não faz, o que faria, aonde iria, aonde poderia estar, pra quem ligaria caso.., o quanto importa sua família, o que quanto valem os amigos. Suas dores, suas perdas, tudo.
Sou compulsiva por canecas. Não posso vê-las e ter dinheiro que com certeza comprarei; tenho coloridas, com desenhos, umas 5 ou 6 brancas, com detalhes, de time, de banda, com frases.. enfim, canecas pra tomar café (que me faz dormir como um anjo).
A lista de compulsões é realmente enorme, sou uma garota compulsiva e não sei bem de onde isso vem. Por vezes acho engraçado, interessante mas na maior parte do tempo deixo isso guardado comigo, é desnecessário que as pessoas conheçam esse lado meu e por algum motivo não me sinto a vontade em falar tudo o que realmente penso ser (e talvez seja..). Mas a minha maior (e pior) compulsão é pensar; penso demais em tudo, mas tudo mesmo. Nas perguntas, nas frases, na vida, nas pessoas, nos lugares, nas paisagens, nos livros, nas músicas, nas atitudes alheias. Tudo me faz pensar e muito.. por trás de tudo sempre há algo, é isso que eu penso portanto estou sempre atrás das coisas que estão nas entrelinhas mesmo que não haja nada e seja só aquilo, eu pensarei em inúmeras possibilidades antes de chegar a conclusão de que é simplesmente aquilo.
Essa minha ânsia por descobrir o que há por trás de tudo me deixa confusa e as vezes acontece de misturar o que penso ser com o que realmente é e nessas horas, meu amigo, eu me fodo porque não sou de voltar atrás. Pois é, sou teimosa o suficiente para perder afirmando que o azul é verde mesmo sabendo que é azul.
Mas quem disse que o azul é azul?
Ah, essa é outra história.. deixa pra outro dia.
Tenho compulsão por pessoas, quando realmente gosto de alguém procuro descobrir tudo sobre ela, tudo o que faz, o que não faz, o que faria, aonde iria, aonde poderia estar, pra quem ligaria caso.., o quanto importa sua família, o que quanto valem os amigos. Suas dores, suas perdas, tudo.
Sou compulsiva por canecas. Não posso vê-las e ter dinheiro que com certeza comprarei; tenho coloridas, com desenhos, umas 5 ou 6 brancas, com detalhes, de time, de banda, com frases.. enfim, canecas pra tomar café (que me faz dormir como um anjo).
A lista de compulsões é realmente enorme, sou uma garota compulsiva e não sei bem de onde isso vem. Por vezes acho engraçado, interessante mas na maior parte do tempo deixo isso guardado comigo, é desnecessário que as pessoas conheçam esse lado meu e por algum motivo não me sinto a vontade em falar tudo o que realmente penso ser (e talvez seja..). Mas a minha maior (e pior) compulsão é pensar; penso demais em tudo, mas tudo mesmo. Nas perguntas, nas frases, na vida, nas pessoas, nos lugares, nas paisagens, nos livros, nas músicas, nas atitudes alheias. Tudo me faz pensar e muito.. por trás de tudo sempre há algo, é isso que eu penso portanto estou sempre atrás das coisas que estão nas entrelinhas mesmo que não haja nada e seja só aquilo, eu pensarei em inúmeras possibilidades antes de chegar a conclusão de que é simplesmente aquilo.
Essa minha ânsia por descobrir o que há por trás de tudo me deixa confusa e as vezes acontece de misturar o que penso ser com o que realmente é e nessas horas, meu amigo, eu me fodo porque não sou de voltar atrás. Pois é, sou teimosa o suficiente para perder afirmando que o azul é verde mesmo sabendo que é azul.
Mas quem disse que o azul é azul?
Ah, essa é outra história.. deixa pra outro dia.
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
Apresentação.
Acabei me rendendo a toda essa coisa de "meu blog, meu muro das lamentações" e venho aqui para me lamentar. Não pretendo mostrar o link para as pessoas, a maioria não me conhece o suficiente a ponto de merecer saber o que se passa comigo. Além do mais, falar sempre a mesma coisa além de repetitivo (obviamente) é cansativo.
Então seguirei postando sobre mim e apenas isso.
Então seguirei postando sobre mim e apenas isso.
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